Quem diria,
mas finalmente a questão da engenharia de segurança se torna algo tão público e que necessite de regras mais rígidas e soluções criativas. Veja a notícia abaixo
Acidente no Chile leva Brasil a reavaliar regras de segurança
Rafael Bitencourt | Valor
14/10/2010 21:24
BRASÍLIA - O acidente com os 33 mineradores no Chile levou o ministro de Minas e Energia do Brasil, Márcio Zimmermann, a mobilizar a equipe técnica para reavaliar as normas de segurança na mineração brasileira. “Pedi para que a Secretaria de Mineração para fazer uma avaliação das regras e ver se a questão (de segurança) dos trabalhadores já está atendida”, disse o ministro.
Zimmermann lembrou que o Brasil tem áreas de exploração de carvão, cobre e ouro nos estados da Bahia e Minas Gerais que apresentam características semelhantes às da mina subterrânea onde a correu o acidente no país vizinho. Segundo ele, o governo já realiza discussões com diversas mineradoras do Brasil.
O secretário de Geologia e Mineração do ministério, Claudio Scliar, afirmou que as normas brasileiras estão alinhadas às exigências internacionais. “Nossa norma de segurança obriga as minas subterrâneas do país a terem, pelo menos, duas saídas”, afirmou o secretário, lembrando que o acidente no Chile ocorreu em uma mina com apenas uma saída.
Scliar informou que o acidente com os chilenos dificilmente ocorreria no Brasil, entretanto, estas atividades sempre têm risco e, por isso, nenhum país está livre. “De qualquer forma, o acidente no Chile nos deixa ainda mais em alerta”, disse o secretário.
O secretário ressaltou que o Brasil tem, ao todo, 64 minas subterrâneas, dos quais 47 são exploradas inteiramente no subsolo e 17 são mistas com atividade a céu aberto. Minas Gerais, por exemplo, tem 24 minas de ouro e zinco e Santa Catarina, 14 de carvão mineral. Algumas minas chegam a atingir profundidades entre 1.200 e 1.300 metros.
O ministério desenvolve, segundo Scliar, um projeto envolvendo mineradoras para avaliar as condições de segurança. Ao falar com a imprensa, Sclier informou que viaja, ainda hoje, para Siderópolis (SC) para o curso promovido com 40 sindicalistas e representantes de grandes mineradoras. “É um curso de mobilização e capacitação. Contratamos uma consultoria e mantemos discussões constantes sobre a segurança na atividade de mineração”, afirmou.
Sunday, October 17, 2010
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