Friday, July 22, 2011

Acidente de Trabalho na indústria civil do DF


Sindicato denunciou irregularidades em março, mas nada foi feito

Flávia Maia

Kelly Almeida

Publicação: 22/07/2011 07:18 Atualização:

Com a tragédia no complexo do Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Distrito Federal acumula 11 mortes em 2011. O número é quase o dobro do registrado no ano passado, quando seis trabalhadores da construção civil perderam a vida enquanto estavam a serviço (leia quadro). O aumento na quantidade de obras na capital do país e a precariedade na fiscalização aparecem como os principais fatores para o crescimento de acidentes fatais.

No caso do acidente ocorrido no HUB, as más condições no local haviam sido denunciadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (Sticmb) em março deste ano (veja fac-símile). O documento indicou 13 irregularidades praticadas na construção do Instituto da Criança e do Adolescente, realizada pela Construtora Anhanguera. Entre elas, equipamentos operados por pessoas sem qualificação, descumprimento das normas de higiene e de segurança e falta de vestimenta completa.

A insegurança no local e de outras sete obras em andamento na Universidade de Brasília (UnB) renderam notificações por parte dos fiscais do sindicato. Apesar dos alertas, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do DF não tomou nenhuma providência. Representantes do órgão só estiveram no local após o acidente.

A segurança dos operários é de responsabilidade da DRT. Cabe ao sindicato da categoria receber as denúncias dos trabalhadores e comunicar às autoridades competentes. Segundo Milton Alves de Oliveira, diretor do Sticmb, um ofício encaminhado à Delegacia Regional do Trabalho demora de seis a oito meses para ser verificado. “Quando a delegacia chega, a obra está em outro estágio ou até mesmo finalizada. No caso de hoje (ontem), fizemos o que podíamos, mas não adiantou, pois quem tem o poder de multa é a DRT”, reclama.

Momentos antes do acidente, um antigo trabalhador da obra denunciou irregularidades no canteiro do Instituto da Criança e do Adolescente. As duas acusações — horas extras fora do cartão e escavação sem proteção — seriam notificadas pelo Sticmb na manhã de hoje. “Ele foi mandado embora na última quarta-feira e hoje (ontem) fez as reclamações. O ofício ficou de ser feito amanhã (hoje)”, contou o diretor do sindicato, Milton Alves.

Associados
O advogado responsável pela Construtora Anhanguera LTDA., Otávio Carneiro, informou ao Correio que a empresa sabia das irregularidades listadas pelo sindicato da categoria. “Tudo o que foi notificado foi atendido prontamente”, garantiu. A empresa tem sede em Goiânia (GO) e atua no mercado da construção civil há 18 anos. O site da firma cita que a construtora levantou um prédio comercial de 6,4 mil metros quadrados em Águas Claras.

Pelo menos 3,4 mil construtoras atuam no DF. Por meio de nota, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) informou que “muitas dessas são de fora e desembarcam aqui para trabalhos pontuais, não tendo, portanto, compromisso com a qualidade e o desempenho que o sindicato busca para a nossa cidade”. Apenas 370 empresas estão associadas no Sinduscon.

Para a especialista em Segurança do Trabalho Renata Marson de Andrade, da Universidade Católica de Brasília, o aumento na quantidade de obras na capital do país contribui para a insegurança nos canteiros. “Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, a demanda por mão de obra atrai pessoas sem treinamento para o ramo da construção civil.”

Vítimas
Mortes na construção civil no DF em 2011:

Janeiro
» José Morais Freitas, 55 anos, servente de obras

Abril
» Carlos dos Santos, 35, servente de obras
» Carlos Alberto Lima, 51, pintor
» Ivaldo Bisco dos Santos, 61, poceiro

Junho
» João Alves da Cruz Junior, 35, servente de obras
» Paulo do Amaral Assunção, 66, poceiro
» Roberto José da Silva, 60, eletricista

Julho
» Lourival Leite de Moraes, 46, pedreiro
» Nelson Holanda da Silva, 37, auxiliar de pedreiro
» Raimundo José da Silva, 24, carpinteiro
» Um operário não identificado morreu no começo do mês em Águas Claras

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (Sticmb)

Monday, April 4, 2011

Segurança do Trabalho e Agrotoxicos - 06 e 07 de abril

Jornada Contra o Uso de Agrotóxicos,

em defesa do Código Florestal e pela Reforma Agrária - Brasília/DF

Se ser político é reclamar das injustiças. Então, eu sou político” - Patativa do Assaré

06 de abril

Mesas e rodas de diálogo

FUP - UNB – Planaltina

Mesa redonda:Agrotóxicos - da pesquisa à industrialização e comercialização, saúde e justiça ambiental”

Palestrantes: César Koppe Grisolia (Prof. UNB - autor do livro "agrotóxicos, mutações, câncer e reprodução”) e Fernando Carneiro (Prof. UNB e integrante da Coordenação do Fórum Nacional de Combate aos Impatos dos Agrotóxicos).

Moderadores: Flavio M. Pereira da Costa - professor e coordenador do núcleo de Agroecologia (FUP) e Ricardo T. Neder - Observatório do movimento pela tecnologia social na América Latina.

Horário e Local: 08 horas - Auditório do Campus UnB Planaltina.

IFB – Planaltina

Mesa redonda:Alimentação Escolar e Agrotóxicos: Os Princípios da Alimentação Saudável e da segurança alimentar

Palestrantes: Maria Luiza (Coordenadora de Agricultura Familiar - PNAE/FNDE) e Letícia Silva (ANVISA).

Moderadora: Paula Petracco (IfamBiental)

Horário e local: 13:30 às 15:30 horas - Auditório do IFB

UNB – Darcy Ribeiro

Roda de diálogos sobre Agrotóxicos

Palestrantes: Fernando Carneiro (Prof. UNB e assessor da comissão de saúde da Câmara) e Ana Maria Junqueira (Profa. UNB - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária)

Moderador: Fábio dos Santos Miranda (Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal).

Horário e local: 12:40 às 14:00 horas - Anfiteatro 09


07 de abril


Ato Público

Marcha dos trabalhadores em defesa do Código Florestal, contra o Uso de Agrotóxicos e pela Reforma Agrária.

Concentração: 07 horas no ExpoBrasilia (Parque da Cidade) e 09 horas (em frente ao Congresso Nacional).

Audiência Pública

“Agrotóxicos e saúde dos trabalhadores”

Debatedores: Via Campesina, Fórum Brasileiro de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Local e horário: às 09 horas, na Câmara Federal

Aula ampliada

"Saúde, ambiente e trabalho: o risco dos agrotóxicos"
Debatedor: Fernando Carneiro
Local e horário:
14 às 17horas - Auditório 3 da Faculdade de Saúde Coletiva da UNB.

Sua participação é indispensável, agende-se!


Sunday, March 20, 2011

Stress e trauma após desastre dos membros da força-tarefa de resgate e salvamento

Hoje se sabe que as pessoas exercem diferentes funções dentro da sociedade, e uma das mais dificeis são aquelas de resgate após desastre. Seria interessante para um dos projetos finais deste semestre, poder ter um estudo de situação de risco destes trabalhadores no Brasil.

Vamos discutir esta questão em sala de aula.

Um forte abraço

Renata